É necessário
compreendermos que vivemos em uma época onde as teorias e os conceitos estão
sendo reexaminados a todo o momento. A sociedade contemporânea traz consigo uma
sede insaciável de compreensão e ao mesmo tempo oferece meios de investigação
que até o mais displicente ser humano pode ter acesso, o que contribui para o
aguçamento do senso critico que se amplia no dia-a-dia através das pesquisas,
investigações e experiências. Frente essa compreensão da realidade “verdades”
são questionadas, ensinamentos reprovados e novos paradigmas vão surgindo sendo
desde o inicio colocados a prova devido o fácil acesso as informações.
A maneira como
foi e vem sendo trabalhado o conhecimento deixou lacunas que hoje sofre severa
criticas, por traz de uma aparente neutralidade grupos dominantes impuseram
suas tendências e ideologias, com isso se mantiveram no poder marginalizando
uma grande parcela da população mundial. Como bem informa o modulo 2 Docência e
Fundamentos da Educação do professor Josué Cândido da Silva, “conhecimento é
poder”, e por conta disso a manipulação do conhecimento oferece aos grupos
dominantes: riqueza, poder e estatus de heróis. Como exemplo temos a maneira
como era contada a história nacional, até meados do século passado, os europeus
eram vistos como heróis, pois era descrito nos livros de história que os
portugueses homens brancos, bem vestidos e educados, descobriram o Brasil,
catequizaram os índios, que eram homens ignorantes e selvagens que comiam uns
aos outros, e hoje sabemos que os portugueses (europeus) exterminaram os
índios, devastaram nossas matas, exploraram nossas riquezas e nos deixou como
legado uma divida externa exorbitante, por causa da qual ainda hoje sofremos as
conseqüências. Quem contou essa história? Não é difícil de responder, quem
estava no poder e não tinha interesse em mudanças.
Percebe-se que
o conhecimento é produzido ao longo do tempo e que sua verdade se dar através
do confronto com a realidade. Para garantir a validade do conhecimento na sociedade
atual, é necessário confrontá-lo com a realidade, reexaminá-lo, criticá-lo,
pois assim estaremos sendo agentes ativos no processo de produção do
conhecimento, e como sujeitos da história devemos estar a todo momento atentos,
questionando, comprometidos com a verdade, se é que ela existe.
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